quarta-feira, 4 de maio de 2011

Luxo básico - Fazer amor, sexo ou transar...

Agora, com 25 anos completos, posso dizer de peito aberto que poucas coisas nessa vida conseguem me envergonhar. Na realidade, existe apenas uma: fazer amor. Sim, queridos leitores do Luxo Básico, fazer amor é um tabu pra mim. Fico sinceramente sem graça só de pensar nisso. Constrangida em imaginar tal ato se realizando.
Duas pessoas adultas não deveriam fazer amor. Acho estranho, sabe? Imaginem comigo, um casal em casa (porque quem faz amor não tem coragem de ir para um motel) no sofá olham-se melosos, ficam de chameguinhos, nhénhés e resolvem ir para o quarto. Ele vai tirando os travesseiros da cama um por um, ela vai pentear o cabelo no banheiro, passar hidratante, talvez um gloss. Ela volta, apaga as luzes e na escuridão total nem gemem, nem trocam de posição, ficam no mesmo papai e mamãe trocando juras de amor eterno um ao outro. Acaba, vão tomar banho e assistir o final da novela. Terrível, não? Extremamente angustiante, coisa de filme de terror praticamente.
Aí, é lógico que também existe o sexo. Nesse ponto ainda estou um pouco desconfortável. Sexo lembra aula de ciências no colégio, lembra de professor com óculos fundo de garrafa explicando onde ficam as trompas ou o prepúcio. Lembra programa da Márcia quando a esposa traída explica que o marido não fazia mais sexo com ela. Muito metódico, chegar, entrar, por um fim nisso. Não, ‘vamos fazer sexo’ não soa como um convite excitante.
Transar também acredito que todo mundo já ouviu falar. Altamente popular e até um pouco banalizado nos dias de hoje. Todo mundo quer transar. Transar é letra de axé, é tema central da mocinha da novela que transou com o cara errado, é carta da leitora que pergunta ‘por que ele não me ligou após transarmos na primeira noite?’. Transar todo mundo consegue, está casual demais em minha opinião.
Agora, falando de trepar, palavra prima daquele palavrão que começa com F, as coisas já ficam mais interessantes. Trepar já requer um certo grau de intimidade, já tem que estar a vontade com algumas sacanagens. Leva o relacionamento para um nível mais interessante, sincero e apaixonante, não dá para trepar com qualquer um. Até porque para trepar não é necessário estar em uma cama confortável, com a melhor lingerie ou caprichar na produção do visual. Trepar é rock and roll do sexo por assim dizer. É estar disposto, ir lá e fazer. Fazer com gosto é claro, no sentido de acabarem os dois todos suados, com as pernas bambas e meio ofegantes.
Na cozinha, na garagem, no quarto, no banheiro público, dentro do carro ou qualquer outro lugar que dê para puxar os cabelos intensamente, morder, gritar, arranhar, abaixar as calças e aproveitar. Trepar é normalmente impulsivo, selvagem, visceral, sinônimo que se você pulou a fase das histórias da Disney para a vida real.
Certa vez vi no Twitter de alguém que não me vem à cabeça agora, que sexo bom é aquele que você termina no chuveiro, deitado em posição fetal sem saber como fez o que acabou de fazer. E olha, tirando o tom meio exagerado da frase, o sentido em si não tem nem como discordar. Não mesmo.

Um comentário:

  1. gostei muito do seu blog estou criando um mas não sabia como chegar nesse assunto pq eu sou muito viciada em sexo ...e queria uma dica de como começar o meu blog com esse assunto?

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